domingo, 21 de outubro de 2012

17 de outubro de 2012


Não me quero nunca esquecer de onde estive, de como era viver naquele 2 cinzento sob o qual me arrastava pela vida e deixava que ela se arrastasse, arrastando-me com ela pelo futuro afora. Não me quero nunca esquecer porque essa é a única garantia de que me vou para sempre recordar do que custou chegar aqui, de como o que tenho agora é infinitamente melhor do que o que alguma vez tive.
O que tenho agora, o que sou, não é perfeito, nunca o será, mas isso é, por si só, muito bom. Não ser perfeito, não o ver como tal, é uma oportunidade para continuar a procurar, a procurar-me, sem me conformar, sem me contentar com o que tenho. Porque há mais, tem de haver mais, e a vida é isso também: a procura incessante de algo melhor, algo melhor que se constrói a partir de pequenas coisas, de peças, também humanas, que conjugamos de forma harmoniosa, girando à nossa volta, girando sobre nós mesmos, gerando sorrisos e afetos.
Mais, sempre mais. Não um 2, nunca mais um 2, mas sempre a caminho do 10.

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