sexta-feira, 14 de junho de 2013

14 de junho de 2013

Não é o estatuto que te dão. O problema é o estatuto que tu atribuis. Sempre foi.
Acreditas desde o princípio. Acreditas por inteiro. Queres acreditar. Fazes por isso.
Olhas num só sentido, vês uma única direção. E avanças. Avanças com tudo - com o peito a bombear-te o sangue depressa pelas veias e todo o corpo num frenesim.
Avanças com tudo. Dás tudo e mais um bocadinho. Dedicas-te. Estás presente. Falas e escutas. Planeias - ainda que em silêncio. Não esqueces. Não falhas. Ou falhas por excesso de zelo. E, a pouco e pouco, sentes-te vazia. O que sai não é reposto. Não há equilíbrio entre o que dás e o que recebes.
O estatuto que atribuis é sempre tão mais valioso. E o problema não é o que te dão a ti: o problema é o que tu dás aos outros.


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